sábado, 21 de setembro de 2019

Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz 2019





Djaimilia Pereira de Almeida vence Prémio Fundação Eça de Queiroz

O prémio, instituído em 2014, tem um valor monetário de 10 mil euros.

PorLusa

A escritora Djaimilia Pereira de Almeida é a vencedora do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz, de 2019, com a obra "Luanda, Lisboa, Paraíso", foi hoje anunciado.
Na decisão do júri, tomada por unanimidade, foi destacada a importância de a autora "desenhar [nesta obra] a solidão das personagens de forma magistral, numa contenção poética em que se estabelece o equilíbrio entre a esperança e o desespero".
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o júri assinala também que a escritora, "através de um 'pathos' irónico e trabalho aturado da linguagem, resiste sempre ao óbvio e domina a narrativa do princípio ao fim".
O galardão, no valor de 10 mil euros, foi instituído em 2014 pela Fundação Eça de Queiroz, em colaboração com a Câmara Municipal de Baião, para "promover e incentivar a produção de obras literárias em língua portuguesa e homenagear Eça de Queiroz".


Este ano, entre os finalistas daquele prémio literário, encontravam-se David Machado, Hugo Mezena, Kalaf Epalanga e Maria Isaac.
O júri da edição de 2019 foi constituído por Bruno Vieira Amaral, Isabel Lucas, Luísa Mellid-Franco, Manuel Pereira Cardoso e Maria Helena Santana.
Em 2017, ano em que passou a bienal, o júri do prémio decidiu não atribuir a distinção, enquanto em 2016 foi premiada Filomena Antunes Sobral com "As atualizações dos romances de Eça de Queiroz para o pequeno ecrã".
A partir desta edição, revela a organização, o galardão passa a "distinguir bienalmente uma obra ficcional (romance ou novela) escrita em língua portuguesa e publicada em Portugal por autor nacional com idade não superior a 40 anos à data da publicação".
A entrega do prémio está marcada para 14 de setembro, na sede da Fundação Eça de Queiroz, em Tormes, no concelho de Baião, no interior do distrito do Porto.

in https://www.tsf.pt/portugal/cultura/interior/djaimilia-pereira-de-almeida-vence-premio-fundacao-eca-de-queiroz-11243695.html?fbclid=IwAR2Lse_oWrX7Omh2d4iaeQql9moGJVVK5MgSny9w1g5JoOd4chZ3m8s4jGk,, consultado a 27-8-2019.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2018

Portugal - Prêmio Literário Fundação Inês de Castro distingue autora do livro “Luanda, Lisboa, Paraíso”




A escritora Djaimilia Pereira de Almeida venceu o Prêmio Literário Fundação Inês de Castro 2018, com o livro “Luanda, Lisboa, Paraíso”, o seu mais recente romance, editado pela Companhia das Letras.
O galardão foi outorgado por maioria do júri – presidido por José Carlos Seabra Pereira e composto por Mário Cláudio, Isabel Pires de Lima, Pedro Mexia e António Carlos Cortez –, e a cerimônia de entrega decorrerá no dia 30 de março, no Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra.
Quanto ao prêmio Tributo de Consagração – que visa distinguir a carreira de um autor – foi atribuído por unanimidade o tradutor e poeta José Bento, divulgador da cultura hispânica em Portugal, que traduziu autores como Miguel Unamuno, Juan Ramón Jiménez, Ortega y Gasset, Jorge Luis Borges, María Zambrano, Octavio Paz ou Federico García Lorca.
Luanda, Lisboa, Paraíso” é o segundo romance de Djaimilia Pereira de Almeida, depois da sua estreia literária em 2015 com “Esse cabelo”, romance que valeu logo na altura à escritora “um lugar no panorama dos novos autores de língua portuguesa, recebendo o Prêmio Novos em 2016 – categoria Literatura”, destacam os promotores do prêmio.
Djaimilia Pereira de Almeida publicou, entretanto em revistas literárias e ensaísticas, portuguesas e estrangeiras, tendo regressado à ficção em 2018 com “Luanda Lisboa, Paraíso”, romance que a confirmou enquanto “narradora atenta e singular, com um ponto de vista único”.
Luanda, Lisboa, Paraíso” conta a história de Cartola de Sousa, parteiro num hospital em Luanda, e Aquiles, seu filho de 14 anos, nascido com um calcanhar defeituoso, que viajam para Lisboa, nos anos 1980, para que o rapaz possa ser submetido às operações e tratamentos médicos que resolveriam o seu problema no pé.
Para trás deixam Glória, mãe de Aquiles, doente e imobilizada na cama, entregue aos cuidados da filha, Justina, irmã de Aquiles.
O título do livro traça precisamente o percurso feito por pai e filho, nessa viagem que começa cheia de sonhos, esperança e ilusões, de uma Lisboa mágica que os receberia como portugueses, mas que acaba por ser uma viagem sem regresso, pelos caminhos que conduzem à miséria humana: de Luanda, viajam para Lisboa, onde vivem numa pensão durante os tratamentos ao pé de Aquiles, e, finalmente, acabam a viver no Paraíso, um bairro da lata na margem sul do Tejo.
Durante a cerimônia de entrega do prêmio, Isabel Pires de Lima falará sobre a obra literária de Djaimilia Pereira de Almeida, enquanto Pedro Mexia falará sobre a carreira e a obra de José Bento, um dos fundadores, nos anos 1950, da revista de poesia Cassiopeia.
Considerado um dos melhores tradutores portugueses, José Bento, nascido em Estarreja há 86 anos, começou a fazer traduções do espanhol para português há mais de meio século, tendo sido distinguido já por duas vezes nesta área, com o Grande Prêmio de Tradução Literária, em 1986 e em 2005.
Foi ainda galardoado com o Prêmio D. Dinis (1992), com o Prêmio PEN Clube Português de Poesia (1993) e com o Prêmio Luso-Espanhol de Arte e Cultura (2006).
José Bento é também autor de vários livros de poesia, como “Alguns Motetos” ou “Sítios”, editados pela Assírio & Alvim.
Ao longo dos anos, o Prêmio Literário Fundação Inês de Castro tem distinguido autores e obras como Pedro Tamen (2007), José Tolentino Mendonça (2009), Hélia Correia (2010), Gonçalo M. Tavares (2011), Mário de Carvalho (2013), Rui Lage (2016) ou a poeta Rosa Oliveira, vencedora do galardão em 2017. In “Mundo Lusíada” - Brasil

in https://baiadalusofonia.blogspot.com/2019/03/portugal-premio-literario-fundacao-ines.html, consultado a 20-9-2019.